terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Gêmeos no CCBB
terça-feira, 24 de março de 2009
Seja parte da ação
O Greenpeace lançou um prêmio de design onde qualquer um pode participar.
A idéia é criar um cartaz que transmita a mensagem ‘Be part of the action’, mais informações é só acessar www.greenpeacedesignawards.org.au/enter.aspx
Deadline:
15 de Junho de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Lygia Clark
Vivemos num mundo imagético. Deixamos, aos poucos, de ter contato de primeira pessoa com o mundo objetivo. Mudamos de canal, falamos ao celular e sacamos dinheiro através de forças poderosas invisíveis.
O mundo virtual, sem limites, vai tomando o lugar do mundo físico em nossas vidas. Trabalhamos, convivemos e nos divertimos por telas, interfaces que nos dizem o que fazer e nos guiam aonde queremos chegar.
Perturbados com a velocidade deste novo mundo, compartilhamos nossas loucuras por meio de redes e mídias sociais, buscamos forças na força invisível do divino – religiões, seitas, rituais – e acordamos todo dia em dívida com a informação que prolifera sem parar.
As forças invisíveis do mundo online podem nos trazer grande liberdade (virtual), mas podem também nos oprimir: vivemos com medo de inimigos igualmente invisíveis: vírus (de computador ou não), bactérias, assaltantes, terroristas. Vivemos trancados em locais seguros, mantendo contato com todo o planeta por janelas eletrônicas.
Oprimidos, com medo e confusos, sentimos necessidade de nos expressar: berramos gritos de guerra em torcidas, nos exibimos em webcams, falamos de nós mesmos por horas em chats e transformamos o corpo em outdoor de nossas opiniões.
Sutilmente loucos, procuramos alívio instantâneo em bebidas místicas como o daime, abusamos de drogas, lícitas ou não, e dançamos frenéticos ao ritmo de tambores (samba, candomblé, Afroreggae, Stomp).
Chegamos a pintar a face (manifestações de rua, estádios esportivos, carnaval). Enfim, tentamos simular a vida dos ancestrais, que viveram num mundo mais simples, fácil de entender: bastava alimentar e proteger a tribo.
Ou seja, o primitivo, hoje, nos dá alívio.
Lygia sabia disso. Seus pensamentos mais herméticos guardavam este segredo: a arte precisava estar a serviço da libertação do ser humano que hoje existe em células, comunidades, perfis online.
Verdadeiramente livre, Lygia esteve a frente de seu tempo, hoje fica claro. Compartilhou ao transformar o corpo do outro no objeto de sua arte muito antes da web 2.0, em que a ordem do dia é compartilhar.
A auto decretada não-artista deu o objeto da arte na mão de seu interlocutor, como em “Caminhando”, e estabeleceu que a “arte é o seu ato”. Fundou a arte participativa, interativa e compartilhada desde então.
Lygia destravou as portas do inconsciente através de sua arte e propunha isso como manifestação artística transcendental. Objetos sensoriais e relacionais, entre muitos outros artefatos, abriam um canal direto com o primitivo interior (self, no jargão de Lygia), criando um estado de auto-conhecimento revelador e, por isso, libertador.
O mundo de Lygia Clark é hoje o antídoto para o veneno da modernidade. Faz do contato físico real a revelação do eu e do outro. É mais catártico e legítimo que mil palavras ditas na terapia psicanalítica clássica. Faz do contato humano o abrigo que buscamos no mundo virtual e que, em verdade, lá não temos.
Resetar (teclar reset) Lygia Clark é restartar o mundo. Resetar o mundo é restartar Lygia Clark.
O mundo virtual, sem limites, vai tomando o lugar do mundo físico em nossas vidas. Trabalhamos, convivemos e nos divertimos por telas, interfaces que nos dizem o que fazer e nos guiam aonde queremos chegar.
Perturbados com a velocidade deste novo mundo, compartilhamos nossas loucuras por meio de redes e mídias sociais, buscamos forças na força invisível do divino – religiões, seitas, rituais – e acordamos todo dia em dívida com a informação que prolifera sem parar.
As forças invisíveis do mundo online podem nos trazer grande liberdade (virtual), mas podem também nos oprimir: vivemos com medo de inimigos igualmente invisíveis: vírus (de computador ou não), bactérias, assaltantes, terroristas. Vivemos trancados em locais seguros, mantendo contato com todo o planeta por janelas eletrônicas.
Oprimidos, com medo e confusos, sentimos necessidade de nos expressar: berramos gritos de guerra em torcidas, nos exibimos em webcams, falamos de nós mesmos por horas em chats e transformamos o corpo em outdoor de nossas opiniões.
Sutilmente loucos, procuramos alívio instantâneo em bebidas místicas como o daime, abusamos de drogas, lícitas ou não, e dançamos frenéticos ao ritmo de tambores (samba, candomblé, Afroreggae, Stomp).
Chegamos a pintar a face (manifestações de rua, estádios esportivos, carnaval). Enfim, tentamos simular a vida dos ancestrais, que viveram num mundo mais simples, fácil de entender: bastava alimentar e proteger a tribo.
Ou seja, o primitivo, hoje, nos dá alívio.
Lygia sabia disso. Seus pensamentos mais herméticos guardavam este segredo: a arte precisava estar a serviço da libertação do ser humano que hoje existe em células, comunidades, perfis online.
Verdadeiramente livre, Lygia esteve a frente de seu tempo, hoje fica claro. Compartilhou ao transformar o corpo do outro no objeto de sua arte muito antes da web 2.0, em que a ordem do dia é compartilhar.
A auto decretada não-artista deu o objeto da arte na mão de seu interlocutor, como em “Caminhando”, e estabeleceu que a “arte é o seu ato”. Fundou a arte participativa, interativa e compartilhada desde então.
Lygia destravou as portas do inconsciente através de sua arte e propunha isso como manifestação artística transcendental. Objetos sensoriais e relacionais, entre muitos outros artefatos, abriam um canal direto com o primitivo interior (self, no jargão de Lygia), criando um estado de auto-conhecimento revelador e, por isso, libertador.
O mundo de Lygia Clark é hoje o antídoto para o veneno da modernidade. Faz do contato físico real a revelação do eu e do outro. É mais catártico e legítimo que mil palavras ditas na terapia psicanalítica clássica. Faz do contato humano o abrigo que buscamos no mundo virtual e que, em verdade, lá não temos.
Resetar (teclar reset) Lygia Clark é restartar o mundo. Resetar o mundo é restartar Lygia Clark.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Super Obama Girl (a pedidos)
Amber Lee Ettinger é o nome verdadeiro da Obama Girl, sem dúvida uma grande força na campanha do atual presidente americano. Este é um dos principais clipes que Amber gravou para o site de humor barelypolitical.com. Sucesso musical em 2007, a balada "Crush on Obama" ("Atração por Obama"), transformou Barack em símbolo sexual e Amber em web celebrity.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Como Obama usa a web para governar
A equipe que cuida da relação do governo americano com a mídia identificou três grandes princípios a serem seguidos em suas ações, estabelecidos pelo próprio presidente Obama. De acordo com as prioridades do novo governo, o uso da web como ferramenta para governar deve ser regido por três conceitos: comunicação, transparência e participação.
Comunicação.
O Youtube foi usado sistematicamente por Obama durante a campanha e mesmo depois de vencer as eleições, no período de transição com o governo Bush. Tal mídia social foi capaz de alcançar uma geração de americanos e cidadãos de todo o planeta que jamais sintonizariam nas mídias tradicionais locais para conhecer as propostas e ações do candidato e presidente eleito.
Obama promete continuar filmando suas conversas "ao pé da lareira" e postando-as no Youtube e outros sites de vídeo. Com a estréia do site WhiteHouse.gov, pela primeira vez um blog oficial da Casa Branca está no ar. Qualquer cidadão americano pode se cadastrar para receber emails com as atualizações do presidente. Através do blog, presidente Obama é o primeiro na história a ter RSS Feed (formato de distribuição de notícias para diversos leitores na web).
Durante a campanha, Obama contou com o Facebook, o MySpace e o Twitter para construir o apoio à sua candidatura, mantendo contato com os eleitores americanos e desenvolvendo uma audiência fiel. Na época, Obama tinha mais seguidores do Twitter que qualquer outro (168 mil). A página de Barack no Facebook tem mais de 4 milhões de fãs.
Transparência.
O presidente americano promete estar à frente da administração mais aberta, honesta e transparente da história. Através da seção “Your seat at the table” (Sua cadeira à mesa), o site de transição change.gov postou trechos de centenas de reuniões de trabalho do então presidente eleito. Todo o conteúdo do site de transição tinha direitos liberados para uso geral através de uma licença do Creative Commons (organização sem fins lucrativos norte-americana que redigiu e mantém a atualização e discussão a respeito de um conjunto de licenças padronizadas para gestão aberta, livre e compartilhada de conteúdos e informação).
A equipe de transição de Obama usou o site blist.com (mídia social que disponibiliza listas na web) para revelar os nomes de todos os doadores de dinheiro para o projeto de transição. Os nomes foram revelados e os dados foram disponibilizados de uma maneira que qualquer cidadão online poderia acessar e manusear.
Participação.
O governo Obama tem conduzido experiências totalmente interativas de governo. O “Livro de Briefing do Cidadão” foi uma ferramenta online muito importante que permitiu a todos os cidadãos sugerir tópicos para o programa de governo da nova administração. Uma vez postada, a sugestão recebia votos a favor ou contra, comentários e as mais bem colocadas no ranking foram encaminhadas oficialmente ao presidente. Votar, ranquear e comentar são recursos típicos de mídias sociais online.
A nova administração americana pretende inaugurar uma era de transparência e participação popular através da aplicação de ferramentas web de empresas como Google (Youtube) e Facebook, entre outras. É a democracia 2.0 em andamento.
terça-feira, 10 de março de 2009
Opinião
domingo, 8 de março de 2009
TOP 10 Filmes com a melhor direção de arte!
Eu não sou cinéfilo de carteirinha, mas filme pra mim, só é 100% se tiver boa direção de arte. Então aí vai a minha lista pessoal das direções mais pancadas que tive o prazer de assistir. Aquelas que fazem a gente encher os olhos. Legal pra quem não assistiu e pra quem tá afim de relembrar.
1º - A viagem de Chihiro - Encabeçando o primeiríssimo lugar. De longe a melhor animação que já vi. Vencedora do Urso de Ouro e Oscar de 2003. Direção de arte impecável!
2º - 300 de Esparta - Direção de Arte perfeita, que se torna melhor ainda pra quem leu as 5 edições originais de Frank Miller lançadas há 12 anos atrás, de onde muitas cenas do filme são tiradas quase que de forma idêntica.
3º - Sin City - Eu já falei: Essa é uma lista de boas direções de arte, e não de bons filmes. E apesar deste ser capaz de revirar o estômago, ele cai matando na dir. de arte.
4º - O Senhor dos Anéis - Essa não é apenas uma boa direção de arte. É a criação de um mundo.
5º - Amelie Poulain - O filme já é belíssimo conceitualmente, e a direção de arte não fica atrás. A paleta de cores é inconfundível. Um daqueles filmes que saem do padrão com o qual estamos acostumados.
6º - O labirinto do Fauno - Uma aula de como se faz um filme absolutamente mágico em tons sombrios. Ótimo filme.
7º - O Clube da Luta - Se você não assistiu, está perdendo MUITO! Dir. de arte perfeita!
8º - O clã das adagas voadoras - Mas um filme japonês que seguiu a onda "O tigre o Dragão". Mas é realmente de encher os olhos.
9º - Waking Life - Hum... er... só vendo mesmo!
10º - Tropa de Elite - Eu adoro a cor vermelha. E como ela foi bem usada nesse filme! Ótima direção de arte.
1º - A viagem de Chihiro - Encabeçando o primeiríssimo lugar. De longe a melhor animação que já vi. Vencedora do Urso de Ouro e Oscar de 2003. Direção de arte impecável!
2º - 300 de Esparta - Direção de Arte perfeita, que se torna melhor ainda pra quem leu as 5 edições originais de Frank Miller lançadas há 12 anos atrás, de onde muitas cenas do filme são tiradas quase que de forma idêntica.
3º - Sin City - Eu já falei: Essa é uma lista de boas direções de arte, e não de bons filmes. E apesar deste ser capaz de revirar o estômago, ele cai matando na dir. de arte.
4º - O Senhor dos Anéis - Essa não é apenas uma boa direção de arte. É a criação de um mundo.
5º - Amelie Poulain - O filme já é belíssimo conceitualmente, e a direção de arte não fica atrás. A paleta de cores é inconfundível. Um daqueles filmes que saem do padrão com o qual estamos acostumados.
6º - O labirinto do Fauno - Uma aula de como se faz um filme absolutamente mágico em tons sombrios. Ótimo filme.
7º - O Clube da Luta - Se você não assistiu, está perdendo MUITO! Dir. de arte perfeita!
8º - O clã das adagas voadoras - Mas um filme japonês que seguiu a onda "O tigre o Dragão". Mas é realmente de encher os olhos.
9º - Waking Life - Hum... er... só vendo mesmo!
10º - Tropa de Elite - Eu adoro a cor vermelha. E como ela foi bem usada nesse filme! Ótima direção de arte.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Na onda dos grandes ilustradores, aí vai mais um pra vocês. Digão, esse você vai curtir! http://www.chrisachilleos.co.uk/
Comecei a desenhar por conta do trabalho desse cara. É simplesmente genial. Da era pré-computação. O cara faz tudo na munheca com aerógrafo, pincel e tintas.
A de baixo é um clássico, o pôster do filme em animação Heavy Metal. Para quem não tem idade, vale a pena alugar numa locadora ou comprar num sebo.
Comecei a desenhar por conta do trabalho desse cara. É simplesmente genial. Da era pré-computação. O cara faz tudo na munheca com aerógrafo, pincel e tintas.
A de baixo é um clássico, o pôster do filme em animação Heavy Metal. Para quem não tem idade, vale a pena alugar numa locadora ou comprar num sebo.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Design reciclado
Dizem que prancha de surf é igual namorada. Semana passada, a minha ganhou um carinho a mais. Uma reciclagem feita a partir de velas de windsurf, kite e retalhos de sofá de pousada. Todos, outrora, lixo. O que acho divertido na reciclagem é a possibilidade de re-desenhar com os grafismos que existem no próprio material. No caso do material do wind e kite, o que não falta é grafismos pra brincar.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Hokusai: Quase 300 anos e ainda contemporâneo.
O post anterior do Rodrigo Romano me fez pensar sobre como algumas obras de arte podem sobreviver ao tempo e permanecerem contemporâneas ou pelo menos, fontes de trabalhos contemporâneos.
E sendo fã assumido da arte japonesa, no topo da minha lista está o imortal Katsushita Hokusai. Um artista tão versátil em suas técnicas (Xilogravura, Sumi-e, Litogravura, etc) quanto em seus temas que retratavam desde lendas orientais, flora, fauna até erotismo.
Provavelmente a gravura mais famosa de seu arcevo seja "A grande onda de Kanagawa", copiada ínumeras vezes através dos anos por artistas gráficos de todo o mundo. Veja alguns de seus trabalhos:
O que impressiona não apenas é a forma como o trabalho de Hokusai permanece presente nas criações contemporâneas, mas como isso foi possível considerando o isolamento geográfico do Japão e a idade de suas obras.
Exemplos: Atualmente praticamente todas as tatoos que usam referência oriental representam a água da mesma forma que ele representou no século 18; Nestas mesmas tatoos os Dragões orientais permanecem praticamente iguais; Suas ilustrações em séries que são hoje consideradas antecessoras do mangá; Sem mencionar a influência menos óbvia de suas ilustrações em trabalhos do mundo inteiro. Abaixo alguns exemplos:
segunda-feira, 2 de março de 2009
Soviet Posters
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